Relações entre Genética humana, DNA e Covid-19
Adriana explica que o DNA humano é longo, formado por 4 letras: A, C, T e G e que são necessárias 3 bilhões delas para formar um ser humano, explicou ela.
Pois bem, reforçando a tese da Adriana, nesta semana cientistas afirmam ter identificado um grupo de genes que pode "aumentar significativamente" o risco de desenvolver Covid-19". Uma mudança no DNA perto do gene TYK2 é mais comum em pessoas que precisam de cuidados intensivos para tratar a Covid. "Nessa posição, se você tem um código com um "T" no lugar do "C", seu risco de ter Covid grave é 1,3 vezes maior". A mudança na letra aumenta a quantidade de genes TYK2 que uma pessoa tem. E isso aumenta o risco de Covid grave.
"Menos TYK2 está associado com risco mais baixo. Isso sugere que uma droga [remédio] que iniba o TYK2 poderia tornar menos provável que as pessoas desenvolvam Covid grave. A boa notícia é que temos uma classe inteira de drogas que fazem isso".
Uma nova pesquisa, apresentada na conferência científica ATS 2021 International Conference, na sexta-feira, sugere que o gene ABO é um fator de risco, que pode aumentar as chances de contrair SARS-CoV-2, o vírus que causa o Covid-19.
De acordo com o Center for Heart Lung Innovation da Universidade da Colúmbia Britânica, foi usada genômica integrativa combinada com proteômica para identificar esses genes.
A pesquisa genômica identifica os genes que desempenham um papel no desenvolvimento de uma doença, enquanto a proteômica faz o mesmo com as proteínas, análise de ambos deram aos pesquisadores um quadro mais amplo dos processos da doença em relação à Covid-19.
Adriana volta a citar partes do artigo que destaca "O DNA é uma molécula grande e complexa, portanto, as associações genéticas por si só não conseguem identificar o gene exato responsável pela Covid-19", disse a pesquisadora. "No entanto, ao combinar a informação genética da Covid-19 com a expressão gênica e conjuntos de dados proteômicos, podemos descobrir quais genes estão conduzindo o relacionamento com a doença."
Além do gene ABO e da mudança no DNA perto do gene TYK2, Adriana enfatiza que os cientistas notaram que pessoas com variantes genéticas para ERMP1, que está associada à asma, e CA11, relacionada ao diabetes, também têm um risco maior de desenvolver a doença causada pelo novo coronavírus.
Adriana Barrozo alerta que os indivíduos com esses genes precisam ter cuidado especial durante a pandemia. Chegando a conclusão que o desenvolvimento de quadros piores ou mais brandos da doença tem muita relação com variantes genéticas de cada indivíduo.
A preocupação da Adriana vem da recente decisão da Justiça do Trabalho que reconhece morte por Covid-19 como acidente de trabalho. leia o artigo
Neste artigo encontra-se também formas de proteção a equipes e metodologia adequada de biosseguranca em suas operações.
Adriana Barrozo. Bacharel em Biologia, pós graduada em Análises Clinicas estudiosa de doenças e o comportamento no corpo humano. Responsável técnica na EPB Engenharia nos estudos relacionados à doenças no trabalho.
Fonte:" Estudo: casos graves de Covid estão associados ao perfil genético dos pacientes" https://saude.ig.com.br/coronavirus/2020-12-11/estudo-casos-graves-de-covid-estao-associados-ao-perfil-genetico-dos-pacientes.html.amp
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