INSPEÇÕES DO SISTEMA HIDRÁULICOS DE COMBATE A INCÊNDIO
EPB ENGENHARIA tirando todas as dúvidas.
Esse sistema é utilizado de acordo com os códigos de segurança contra incêndio. As Instalações de Combate a Incêndio são obrigatórias e devem passar por inspeção geral para atender as normas de inspeção geral do sistema
de combate conforme NFPA-25 e NBR 12779 sistemas de distribuição de hidrantes, mangotes e afins bem como NBR 17.505 e NFPA 20 - Abrigos de Mangueiras
NFPA-25 e NBR 12779
A NFPA-25 "Inspeção, Teste e Manutenção em Sistemas Hidráulicos de Proteção Contra
Incêndio" regula e estabelece os parâmetros mínimos para inspeções periódicas dos sistemas hidráulicos de proteção contra incêndios.
Dentre os vários itens a serem inspecionados, um deles é o teste de vazão no ponto mais
desfavorável devendo-se confrontar o resultado com as condições originais de projeto (vide postagem laudo de Inspeção pressão e vasão com cálculo de curva de bomba método tubo de pitot)
Para o atendimento integral à NFPA-25 no que se refere a hidrantes, além do teste de vazão
no ponto mais desfavorável, outros parâmetros devem ser avaliados, tais como:
• Válvulas Controladoras;
• Tubulação;
• Conexões de mangueiras;
• Abrigos de mangueiras;
• Dispositivos de Alarme;
• Esguichos;
Rede de Hidrantes
O sistema de hidrantes e de mangotinhos é considerado um sistema fixo de combate a incêndio, funcionando sob comando, liberando um jato de água sobre o foco de incêndio.
Esse jato de água possui uma vazão calculada e compatível ao risco do local visando proteger, controlar ou extinguir o foco de incêndio no seu estágio inicial. Dessa forma, esse sistema possibilita o início do combate ao incêndio pelos usuários da edificação antes da chegada do grupamento do Corpo de Bombeiros.
Os hidrantes em edificações e áreas de risco diferem dos sistemas de hidrantes urbanos em relação a forma de abastecimento de água. Os sistemas urbanos apresentam pontos providos de registros e uniões de engate rápido, ligado a rede pública de abastecimento, podendo ser de coluna ou subterrâneo, enquanto que os sistemas prediais apresentam pontos de tomada com registros e uniões de engate rápido, magueiras, esguichos e chave storz onde está ligado ao reservatório de água da edificação e não na rede pública.
Para melhor desempenho do sistema é essencial que os usuários estejam familiarizados com o equipamento, confiantes e que tenham realizado treinamento teórico e prático de brigada para utilizá-lo na ocorrência de um sinistro.
Classificação dos Sistemas
Os sistemas de hidrantes de mangotinhos e mangueiras, geralmente são classificados de acordo com o tipo de esguicho utilizado (compacto ou regulável), diâmetro e comprimento máximo da mangueira, número de saídas e vazão no hidrante ou mangotinho menos favorável. Cada tipo é aplicado em função da ocupação e uso da edificação.
Os sistemas variam de acordo com a norma técnica ou regulamento adotado no local de execução do sistema de proteção e combate a incêndio.
Os sistemas poderão, ainda, ser diferenciados quanto:
1. ao tipo de sistema de reserva: elevado, nível do solo, semi-enterrado ou enterrado;
2. a fonte de energia: ligação independente ou por gerador automatizado;
3. ao tipo de sistema de comando: manual (botoeira de acionamento) ou automático (chave de fluxo ou pressostatos);
4. aos tipos de bombas empregadas: bomba principal, bomba auxiliar, bomba de reforço e bomba de escorva.
5. as características do reservatório: concreto armado, fibra, metálico, utilização de piscinas ou reservas naturais.
6. ao material da tubulação: aço, cobre e termopláticos;
7. as características do sistema de distribuição: interno ou externo a edificação;
8. ao tipo de rede de tubulação: rede aberta (sistema ramificado), rede fechada (sistema em malha) e rede mista (sistema ramificado e em malha).
A aplicação do sistema a ser instalado deve atender as características da edificação ou área de risco a ser protegida, observando-se as exigências da norma técnica ou regulamento adotado, a viabilidade, a eficácia do sistema, a facilidade de operação e manutenção e o custo.
O sistema de hidrantes e de mangotinhos são organizados em três subsistemas: reserva, pressurização e comando, conforme descritos a seguir.
Sistema de Reserva:
É composto por reservatório, que pode ser do tipo elevado, no nível do solo, semi-enterrado ou enterrado. Tem como principal função reservar um volume de água destinado exclusivamente ao combate de incêndio.
O reservatório de água pode ser construido, na edificação ou área de risco, em concreto armado, metal apropriado ou qualquer outro material que apresente resistência mecânica as intempéries e ao fogo.
A reserva de água deve ser prevista para permitir o primeiro combate, durante um determinado tempo. Após esse tempo considera-se que o Corpo de Bombeiros tenha chegado no local e atue no combate, utilizando-se da rede pública de abastecimento, fontes naturais como açudes, lagos e rios ou com seus veículos especiais munidos de reservatório próprio.
Sistema de Pressurização:
Pode operar de três formas: por gravidade, por bombas ou por tanque de pressão. Esse sistema tem a função de fornecer energia para o transporte da água e ainda atingir o foco de incêndio a uma determinada distância, com vazão e pressão adequada.
O sistema operado por bombas é composto por bomba principal ou bomba de incêndio, bomba de pressurização ou bomba jockey.
A bomba de incêndio tem a finalidade de recalcar a água do reservatório para os hidrantes ou mangotinhos. Deve possuir motor elétrico ou a explosão.
A bomba de pressurização ou bomba jockey tem a função de manter o sistema pressurizado e compensar pequenas perdas de pressão, em uma faixa pré estabelecida.
O sistema operado por tanques de pressão é composto de bomba de incêndio e de tanque de pressão. O tanque de pressão, acoplado a uma bomba, fornecerá pressão e vazão constantes e contínuas ao sistema hidráulico.
A bomba de incêndio acoplada ao tanque de pressão, com diafragma, poderá succionar água de um reservatório tanto acima quanto abaixo (reservatórios, poços etc.) e simultaneamente pressurizar a rede hidráulica.
Sistema de Comando:
O acionamento do sistema de hidrantes e de mangotinhos pode ser manual, por meio de botoeira de comando do tipo liga e desliga ou automático, por meio de chave de fluxo ou de pressostato.
A chave de fluxo aciona o sistema automaticamente pelo deslocamento de água na tubulação, quando da abertura de um hidrante, e o pressostato aciona o sistema devido a uma variação de pressão hidráulica na rede, desta forma acionando a bomba de incêndio.
Sistema de Distribuição:
É composto pela tubulação, os hidrantes e mangotinhos. A tubulação consiste de um conjunto de tubos, conexões e de outros componentes hidráulicos como, por exemplo, válvulas de fechamento e de manobra (gaveta, globo, angulares, etc.) destinados a conduzir a água, desde o reservatório até aos pontos de hidrantes ou de mangotinhos.
Todo e qualquer material previsto ou instalado deve ser capaz de resistir aos efeitos do calor, mantendo o seu funcionamento normal, ou seja, o meio de ligação entre os tubos, conexões e outros componentes devem garantir a estanqueidade e a estabilidade mecânica da junta não devendo sofrer comprometimento em seu desempenho.
Os componentes de materiais termoplásticos, como tubos e conexões, podem ser utilizados somente enterrados e fora da projeção da planta da edificação, atendendo aos requisitos de funcionamento da instalação em termos de resistência a pressão interna e a esforços mecânicos.
Sprinklers – Chuveiros Automáticos
1 Chuveiros automáticos
Os sprinklers podem ser classificados como de cobertura padrão e de cobertura estendida, de acordo com a área de cobertura que abrangem. Os chuveiros de cobertura estendida costumam ser empregados em hotéis, restaurantes, edifícios de escritórios e outras áreas onde é desejável reduzir a quantidade de sprinklers instalados.
Os chuveiros podem se distinguir, ainda, em função de sua velocidade de operação. Há os sprinklers de resposta rápida e os sprinklers de resposta padrão. Há também os equipamentos para aplicações específicas, como armazéns refrigerados e salas frias, chamados sprinklers secos. Em todos esses casos, os chuveiros costumam ser compostos de:
Corpo: parte que contém rosca para fixação na tubulação, braços e orifícios de descarga. Serve como suporte dos demais componentes.
Defletor/Difusor: destinado a quebrar o jato sólido para distribuir a água.
Obturador: destinado à vedação do orifício de descarga nos chuveiros automáticos. Também atua como base para o elemento termossensível.
Elemento termossensível: libera o obturador por efeito da elevação da temperatura de operação, fazendo a água fluir contra o foco do incêndio. Os elementos termossensíveis podem ser do tipo ampola de vidro ou fusíveis de liga metálica.
2 Tubulação
Os tubos que compõem os sistemas de chuveiros automáticos variam de acordo com o tipo de ambiente e a classe de risco de incêndio. Os mais usuais são as tubulações de aço carbono (com ou sem costura) e os tubos de cobre. Também são bastante utilizados os tubos de CPVC (policloreto de vinila clorado) com conexões soldadas, fabricadas em consonância com as NBR 15.647 e 15.648. De rápida execução, esses sistemas são indicados para ocupações de risco leve e sujeitas a pressões de até 1,2 MPa.
3 Sistema de sustentação
O ideal é que a instalação do sistema de chuveiros automáticos ocorra antes das instalações elétricas, do forro e dos acabamentos. Os tubos são sustentados por diferentes tipos de suporte, de acordo com o peso do sistema. Os suportes devem aguentar cinco vezes a massa do tubo cheio d´água mais 100 kg em cada ponto de fixação.
Bombas de Incêndio
A bomba de incêndio é um equipamento utilizado para bombear água com vazão elevada para edificações comerciais, residenciais, industriais entre outros, para atendimento às necessidades de projeto, onde é necessário sabermos qual a vazão e pressão ( MCA ) desejados (também vide postagem de medição de pressão e vasão pelo método tubo de pitot) para a partir destes dados chegarmos ao tipo de bomba, capacidade (CV), precisamos também saber sempre se é trifásica, monofásica, tipo de conexão na sução e recalque, etc.
De acordo com as normas e especificações a bomba de incêndio é um item importantíssimo para termos sucesso no momento do combate a incêndio, esta bomba poderá ser de acordo com a ABNT e neste caso seu painel será do tipo estrela – triângulo e poderá possuir bomba jockey auxiliar com os devidos pressostatos para regulagem de start da bomba ou ambas as bombas.
Para o perfeito funcionamento do sistema de bomba de incêndio é necessário a instalação de válvula de alivio de pressão ou válvula redutora de pressão
A Bomba pode ser elétrica ou com motor a combustão , podendo também possuir chave compensadora para no momento do desligamento da energia elétrica passar automaticamente para o gerador de energia.
Alguns cuidados:
Quando o abastecimento for realizado através da bomba, é preciso possuir ao menos uma bomba elétrica ou de combustão interna, que deve abastecer todo o sistema.É necessário ter alimentação à parte, diretamente da concessionária, porque no momento do incêndio a energia elétrica é cortada para não colocar em risco a vida das pessoas ou edificações envolvidas. A bomba de incêndio pode fazer o bombeamento de água utilizando um motor elétrico, diesel e também pode ter gerador autônomo de energia.Durante a instalação é necessário fazer com que o cabo elétrico passe por locais seguros dentro das edificações, o mais indicado é aterrar os cabos, porque é necessário garantir que eles não sejam danificados em caso de incêndio.Para manter o sistema de hidrantes pressurizado e compensar perdas de pressão, é necessário que seja realizada a instalação de bombas jockey. Há também a bomba centrífuga trifásica, que pode ser utilizada na rede de hidrantes e na rede de sprinklers. Para a rede de sprinklers é preciso que ela seja ligada automaticamente.
Também segundo as normas ABNT, as bombas devem possuir local apropriado ( casa de bombas ), pois precisam estar protegidas para uso em emergências. Por isso é necessário atentar-se a alguns cuidados com a casa de bombas. Como por exemplo, iluminar a casa de bomba, para ter um controle durante seu funcionamento. As luzes que forem instaladas no local devem ser alimentadas por bateria ou estar conectadas ao gerador. Também é importante que a casa de bombas de incêndio seja um local isolado, para que no momento do incêndio se tenha um fácil acesso a ela. E lembre-se sempre de inspecionar as bombas executar teste de funcionamento com certa frequência, para garantir que tudo esteja funcionando perfeitamente.
Além da bomba de incêndio é preciso adquirir outros equipamentos, disponibilizamos: bombas jockey, bombas centrífuga e demais tipos apropriados à sua necessidade. E ainda tem outros acessórios e equipamentos, como painéis, chaves de comando, chaves compensadoras etc.
Eduardo Barrozo Engenheiro industrial mecânico e de segurança do trabalho. Diretor da EPB Engenharia.
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